App sueco para compartilhar Wi-Fi grátis conquista os brasileiros

Os brasileiros definitivamente não vivem mais sem internet. Prova disso é que eles se tornaram a maior comunidade global de usuários do aplicativo Instabridge, produzido pela startup sueca de mesmo nome, que permite o compartilhamento de conexões Wi-Fi. Segundo a empresa, os downloads brasileiros do app saltaram 323,53% no ano passado, fazendo com que o número total fosse de 850 mil downloads no final de 2015 para 3,6 milhões no final de 2016.

O aplicativo está disponível para dispositivos iOS e Android. No mundo, a base total de downloads do Instabridge fechou em 5 milhões em fevereiro de 2017. Segundo a Instabridge, já são 300 mil hotspots cadastrados no Brasil: um terço de todos os pontos compartilhados por usuários do Instabridge em todo mundo. Entre as cidades com mais hotspots, São Paulo (75 mil); Rio de Janeiro (35 mil); e Minas Gerais (20 mil), aparecem no topo do ranking brasileiro com o maior número de pontos de WiFi cadastrados.

“Estamos muito felizes com esses resultados e pretendemos continuar investindo localmente no negócio. Em 2014, o Brasil se tornou o principal mercado de Instabridge e manteve-se na liderança desde então”, comemora Niklas Agevik, CEO da Instabridge. O executivo garante que o crescimento gigantesco no Brasil deu-se de forma orgânica ao longo dos três anos, por meio de buscas sobre internet grátis, recomendação de amigos e posts em redes sociais. 

Agevik diz que até agora foram investidos US$ 5 milhões no projeto do aplicativo. O funding inicial foi provido pelo mesmo grupo que fez o primeiro investimento no Spotify. “No que diz respeito ao modelo de negócios, não estamos ganhando dinheiro ainda. A versão atual do Instabridge permanecerá gratuita, mas planejamos introduzir novos serviços premium no futuro”, diz o executivo. Ele explica que o serviço básico será sempre gratuito, mas que a empresa planeja adicionar recursos, como navegação mais rápida, tecnologia mais segura (como a VPN) e outras opções pelas quais os usuários poderão pagar no futuro. Além disso, a startup sueca pretende utilizar anúncios para monetizar o negócio.