Aumente a resiliência dos negócios digitais, aconselha Gartner
As companhias precisam ficar mais atentas com a adoção de tecnologias emergentes como mobilidade, big data, cloud computing, social business e internet das coisas. O alerta vem do Gartner com base em estudo realizado com 2,8 mil CIOs em 80 países, incluindo o Brasil. Entre os entrevistados, 89% disseram que os negócios digitais podem trazer riscos aos negócios.
A pesquisa completa sobre o impacto das tecnologias nos negócios digitais será apresentada durante o Gartner Symposium/ITxpo 2015, que será realizado no Brasil de 19 a 22 de outubro no Sheraton São Paulo WTC Hotel.
Para os analistas do instituto de pesquisas, os riscos aumentam porque a tecnologia está cada vez mais presente nas operações das organizações, permeando toda a cadeia de valor. “As empresas foram projetadas para lidar com agilidade e conveniência, mas não com resiliência”, diz Richard Hunter, vice-presidente e membro do Gartner.
Segundo a consultoria, legisladores de todo o mundo estão respondendo à urgência repentina de ciberproteção criando novas leis e sistemas de controle, mas ainda não está claro como isso poderá melhorar a situação e ampliar a disponibilidade de informações sobre ataques. O padrão emergente é a resiliência.
O Gartner alerta que as organizações devem investir em três disciplinas de risco para aumentar a confiança e a resiliência: fundação, conscientização, e processo de governança. São elas:
1. Reprojete a empresa para o mundo digital
A transformação para o negócio 100% digital vai muito além do setor de TI, impactando no projeto e na equipe de quase todas as funções comerciais. Essa abrangência reforça a importância de aplicar o conceito de resiliência às pessoas, aos processos e à tecnologia. Na próxima década, os compromissos entre a conveniência e a resiliência serão impulsionados pela regulamentação crescente.
2. Aumente a consciência dos funcionários
Não se pode negar que a maioria dos recentes ciberataques de alto nível em empresas começa com phishing (uma forma de fraude eletrônica caracterizada por tentativas de adquirir dados pessoais de diversos tipos) a um único funcionário. Sendo assim, é fundamental que esse profissional esteja atento a protocolos de segurança e preparado para alertar a empresa para evitar consequências.
A consciência e a responsabilidade pessoal com relação à segurança e à propriedade devem se tornar prioridades para a empresa. As organizações devem substituir o treinamento anual por campanhas contínuas de conscientização.
3. Reforce a governança
Os ciberagentes mal-intencionados agora incluem estados, e nenhuma empresa pode se defender sozinha com sucesso contra este tipo de oponentes, muito menos contra as falhas operacionais dentro do ecossistema da empresa. As organizações devem ampliar e aprofundar sua governança interna, buscando suporte adicional em seus ecossistemas e usando sua influência para criar defesas comuns.
O compromisso das companhias com a conveniência de funcionários e clientes é uma rotina nesta nova realidade. Em alguns anos, a regulamentação acelerará essa mudança. O vice-presidente e membro do Gartner, Ken McGee, fornecerá uma profunda análise sobre o tema na sessão “Os Novos Riscos dos Negócios Digitais”, durante o Gartner Symposium/ITxpo 2015.