Conheça as empresárias que se destacam em TI, uma área ainda considerada masculina

Negócios de Aline Deparis e Kelly Maldaner estão inseridos em setor que tem maior presença de homens no país

Conheça as empresárias que se destacam em TI, uma área ainda considerada masculina Félix Zucco/Agencia RBS

Esqueça aquela imagem de garotos nerds, com moletom, óculos fundo de garrafa e cabelo desgrenhado. Aos poucos, cresce a participação feminina no setor de tecnologia. No Exterior, o espaço é garantido. Executivas como Marissa Mayer (Yahoo!), Sheryl Sandberg (Facebook) e Carly Fiorina (ex-HP) ajudaram a consolidar a presença de mulheres no mercado.

No país, a atuação é bem mais tímida, mas Porto Alegre também tem seus exemplos. Aline Deparis sabe bem como é ser a "diferente" da turma. Chegou a estudar Pedagogia, escolha natural para uma filha de agricultores do pequeno município de Viadutos, no noroeste do Estado, mas trocou o curso para Administração de Empresas com ênfase em Análise de Sistemas. Única menina da sala, virou a "apresentadora oficial dos trabalhos", brinca.

— Antigamente, as meninas ganhavam panelinhas e bonecas para brincar. Hoje em dia, têm tablets, escrevem em blogs. Em breve, veremos cada vez mais garotas na área de TI — acredita a atual sócia da Maven, que desenvolve tecnologia para publicação digital de conteúdo.

Kelly Maldaner ingressou de maneira similar na área. Formada em Administração, foi contratada em 1992 para o setor comercial da Sisnema Informática, que trabalha com infraestrutura de redes.

— No início, havia clientes que se surpreendiam ao ouvir uma voz feminina do outro lado da linha. Mas nunca me incomodei. A situação é diferente hoje — analisa.

Atual diretora da Sisnema, Kelly buscou cursos para refinar seu conhecimento técnico. As atividades, conta, lhe ajudaram a acumular estofo para realizar as vendas. Quem deseja trabalhar com TI, sublinha, precisa aprofundar as experiências.

— É preciso conhecimento técnico. Vendemos soluções. É diferente de vender canetas — compara.

Aline também fala com propriedade da parte técnica do negócio. Tem clientes espalhados em todo o Brasil, tanto no setor privado quanto no público. A meta é crescer mais.

— Existe mercado para todos, mas quem não cresce, morre. E, para crescermos, precisamos buscar quem já esteja sendo atendido por um dos nossos concorrentes. A escolha é do cliente — avisa.