Empresas brasileiras buscam conexão à Internet cada vez mais veloz
Pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) aponta avanço da banda larga nas companhias brasileiras
O acesso à Internet rápida virou um artigo de primeira necessidade na vida das pessoas. No corporativo, a conexão com o mundo digital virou ferramenta indispensável para alavancar oportunidades de negócio. E a décima primeira edição da pesquisa TIC Empresas comprova o avanço da rede.
A versão mais recente do estudo identificou um aumento na contratação de conexão com faixas de velocidades mais altas. Entre 2012 e 2015, a proporção de companhias nacionais que afirmaram contratar planos com velocidades de até 1 Mbps caiu de 19% para 8%, enquanto as que contrataram velocidades acima de 10 Mbps passou de 21% em 2012 para 40%.
“Devemos chamar atenção que não basta apenas ter boa velocidade de conexão à Internet, é necessário acompanhar as atividades que as empresas estão realizando na rede, sobretudo como o acesso à Internet está sendo utilizado para melhorar o desempenho e inovação”, pontua Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Enviar e-mails (99%), buscar informações sobre produtos ou serviços (94%), e fazer pagamentos, transferências e consultas bancárias via Internet banking (88%) seguem como as atividades mais frequentes para a maioria das empresas brasileiras.
Tarefas que demandam habilidades específicas, por sua vez, são realizadas em menor proporção: 43% das empresas afirmaram que entregam produtos ou serviços em formato digital, 35% fazem treinamento de funcionários e 32% utilizam telefone via internet (VoIP).
A criação de websites pelas empresas não apresentou grande variação desde 2012, quando começou a ser medida pela pesquisa, permanecendo no patamar de 57% em 2015. Este indicador, no entanto, varia segundo o porte: entre as grandes e médias empresas, 87% e 75% respectivamente, possuem website.
Entre as pequenas, essa proporção é menor (52%). A pesquisa revela crescimento no percentual de empresas que perfil ou conta próprios em alguma rede social: passou de 36%, em 2012, para 51%, em 2015.
Já no universo de empresas de grande e médio porte, 60% e 56%, respectivamente, possuem perfil em redes sociais, enquanto entre as empresas de pequeno porte este número é de 50%
“As redes sociais podem representar um obstáculo menor para as pequenas empresas, se comparada aos websites e outras ferramentas de comunicação on-line. Em 2014, por exemplo, 11% delas tinham perfil em rede social e não tinham e-mail, enquanto em 2015, essa proporção foi de 18%”, informa Barbosa.
A disponibilidade de computador e Internet nas empresas brasileiras de pequeno, médio e grande porte está universalizada há alguns anos. Os dispositivos móveis, no entanto, ainda não estão amplamente disseminados: os notebooks e tablets estão presentes em 69% e 19% das empresas, respectivamente.
A pesquisa é conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).