"Google vai usar inteligência artificial para detectar vírus em e-mails"

Sistema tem capacidade para verificar 300 bilhões de anexos por semana

 

ÉPOCA NEGÓCIOS

Criado em 2004, o Gmail tem hoje 1,5 bilhão de usuários. É bem provável que você tenha uma conta no serviço de e-mails do Google. Muito mudou ao longo desses mais de 15 anos, mas uma coisa permanece muito parecida: a chegada de vírus, em arquivos anexados às mensagens.

O Google reconhece que os documentos com vírus representam 58% de todos os malwares direcionados a usuários do Gmail. Para impedir isso, a empresa anunciou que vai começar a usar um sistema de inteligência artificial. A companhia usa, desde 2017, modelos de machine learning para detectar mensagens de spam e phishing. Com isso, o Google diz evitar que 99,9% das mensagens indesejadas cheguem às caixas de entrada dos usuários – segundo a empresa, 50% de todas as mensagens recebidas por usuários do Gmail se enquadram nessa categoria.

Este mês, a empresa confirmou que usa IA para rastrear ameaças como vírus. Segundo o Google, o sistema alcança 99,9% de eficácia também na detecção de mensagens contendo vírus e malware. Os números impressionam: o sistema avalia 300 bilhões de anexos por semana. Usar deep learning para isso dá a Google a capacidade de se adaptar rapidamente a novas ameaças. A maioria dos vírus (63%) muda de um dia para o outro.

O sistema, explica a revista Forbes, usa uma rede de processamento neural, criando camadas de aprendizado. O Google já usava o deep learning para reconhecimento e classificação de imagens e para melhorar o entendimento de comandos por fala, e desde o fim do ano passado, passou a usar essa tecnologia para o escaneamento dos documentos recebidos no Gmail.


Fonte: Época Negócios