“Em diversos testes do setor, nossos algoritmos de visão computacional superaram outros do mercado – até mesmo humanos”, afirmou Harry Shum, vice-presidente executivo do grupo de Inteligência Artificial (IA) e Pesquisa da Microsoft, em uma reunião sobre IA em São Francisco essa semana. “Mas o que é mais interessante para mim é que o progresso de nossa visão está aparecendo em nossos produtos, como o HoloLens, e em clientes, como os apps construídos pelo Uber para usar esses recursos.”
Quando Bill Gates criou a Microsoft Research, em 1991, ele previa que os computadores um dia veriam, ouviriam e entenderiam os seres humanos – e essa perspectiva atraiu algumas das melhores mentes para os seus laboratórios, diz a empresa.
Em outubro, a Microsoft se tornou a primeira empresa do setor a chegar à paridade com humanos em reconhecimento de voz. O Skype Translator também está agora disponível em nove línguas, o que permite que as pessoas se compreendam enquanto conversam, em qualquer lugar do mundo. Quanto ao sonho da tradução em tempo real, cara a cara, o objetivo é usar os novos recursos de inteligência em linguagem e reconhecimento de voz da empresa, o Microsoft Translator, que pode traduzir simultaneamente em grupos que falam diversas línguas, pessoalmente, em tempo real.
“Eu estava nessa mesma sala poucas semanas atrás com Sam Altman, trabalhando no anúncio de nossa colaboração com a OpenAI. É ótimo trabalhar em conjunto e produzir a partir desses trabalhos”, afirmou Shum.
A Microsoft diz ainda que estamos assistindo aos primeiros dias de uma transição para a próxima grande mudança de plataforma na computação, aquela impulsionada pelos avanços da IA e construída em torno do comportamento natural para humanos – conversas. “É uma nova era, na qual experiências digitais refletem a forma com a qual as pessoas interagem com outras e rumamos de um mundo no qual temos que entender os computadores para um no qual eles nos entendem, compreendem nossas intenções e podem ser proativos”, diz a Microsoft.