Mobilidade será chave para tecnologia de saúde no Brasil

Citrix

O Brasil possui um das maiores bases de dispositivos conectados à internet no mundo. Para a indústria de tecnologia, isso pode representar uma grande oportunidade. De acordo com a Citrix, um dos principais nomes no mundo quando se fala de virtualização, o segmento de saúde poderá se beneficiar muito disso.

Quem aponta isso é Ben Wilson, diretor Sênior de Soluções em Healthcare da Citrix, que esteve no Brasil para falar sobre novas oportunidades da companhia no mercado local. De acordo com o executivo, o acesso a estas tecnologias ficou mais barato e o acesso à elas se ampliará nos próximos anos.

"O Brasil é um país de grande extensão, portanto o desafio é aumentar a eficiência, enquanto se reduz custos. Hoje tecnologias permitem o atendimento à distância com melhor qualidade", avalia o executivo.

Para ilustrar essa mudança na forma em que o atendimento de saúde é realizado, Wilson citou alguns exemplos da Citrix no Brasil. No Hospital Mãe de Deus, um dos maiores de Porto Alegre, a solução XenDesktop foi usada para padronizar sistemas de atendimento para cerca de 1,8 mil usuários do hospital, que também tem unidades no interior do Rio Grande do Sul.

"O XenDesktop hoje é referência em atendimento de saúde nos Estados Unidos e Europa. Agora países da América Latina também estão adotando", completa Wilson. Outro hospital brasileiro que também investiu em tecnologias Citrix para melhorar suas operação foi o Albert Einstein, em São Paulo.

Ele reconhece que em cenários como o brasileiro, no qual o atendimento público de saúde representa a maioria da população, o investimento em tecnologias de saúde é algo complicado. Entretanto, ele aponta que a adoção de melhorias como a unificação de cadastros de pacientes é um caminho inevitável, seja pela otmização do atendimento, mas também na redução de custos.

"Estes esforços provavelmente começarão pelos hospitais e clínicas privadas aqui no Brasil, mas acredito que todos mudarão mais cedo ou mais tarde, começando pela necessidade de uma base única para registros médicos", avalia.

No Brasil, o uso de tecnologias podem começar pela implementação de postos remotos de saúde, que usam conectividade para atender em cidades mais no interior, evitando muitas vezes custos com transporte e remoção de pacientes em casos que poderiam ser resolvidos por uma videoconferência.

"Hoje um smartphone e uma pulseira como um fitbit podem fazer coisas que um enfermeiro faria. Não que isso seja um substituto para o atendimento especializado, mas isso pode otimizar tempo e recursos ao lidar com um paciente. Estamos em meio a uma tempestade perfeita, na qual necessidades do público, melhorias na tecnologia médica e inovações em mobilidade e conectividade como Internet das Coisas vão levar o setor de saúde a um novo patamar. Basta saber como cada país vai atacar isso", finaliza Wilson.