Startup desenvolve bateria que dura mais e recarrega mais rápido

Uma bateria que pode armazenar cinco vezes ou mais capacidade de energia do que os modelos atuais de íon-lítio pode chegar aos usuários antes do esperado.

Uma startup chamada Prieto Battery desenvolveu uma estrutura 3D de bateria baseada em novos materiais que podem manter mais íons-lítio do que as baterias atuais. A nova bateria também será menos inflamável, terá recarga mais rápida e um formato para caber em wearables e PCs assim como produtos maiores como painéis solares, afirmou a fundadora da companhia, Amy Prieto.

A bateria vem sendo pesquisada há anos, e a Prieto Battery recebeu um valor não revelado de financiamento nesta semana da Intel Capital para ajudar na comercialização da tecnologia. A Prieto está trabalhando com a Intel para desenvolver uma bateria que poderia chegar aos wearables e aparelhos de computação em 2017.

No entanto, a startup também está conversando com um parceiro não revelado sobre lançar as baterias baseadas no seu design já em 2016. 

A bateria da Prieto é um redesenho completo das baterias convencionais de íon-lítio, que são baseados em uma estrutura 2D. A estrutura da bateria da Prieto pode ser implementada em processos de fabricação existentes, e o objetivo da companhia é licenciar a tecnologia para fabricantes de baterias.

As bateria atuais possuem eletrodos – um cátodo e um ânodo – com eletrólitos líquidos que permitem que íons-lítio carregados de movem. Durante uma recarga, os íons-lítio se movem do cátodo para o ânodo para armazenamento. Já durante uma descarga, os íons-lítio se movem do ânodo para o cátodo e depois para o aparelho usando a bateria.

Os modelos atuais de baterias podem demorar bastante para recarregar, afirma a executiva. A bateria da Prieto elimina os eletrólitos líquidos e possui cátodos e ânodos que são conectados, o que ajuda a aumentar a densidade dos íons-lítio e acelera o tempo de recarga de bateria.

As pesquisas para produzir baterias que duram mais já acontecem há décadas. Enquanto algumas baterias feitas de químicos como prata-zinco possuem mais capacidade de armazenamento, as bateria de íon-lítio tem o apoio de grandes fabricantes como Sony e Panasonic porque são mais baratas de serem feitas.

A Prieto acredita que as baterias baseadas na sua tecnologia tem uma boa chance de darem certo já que podem ser colocadas nos processos existentes de fabricação e empacotamento. O objetivo agora é convencer as fabricantes da área de que a sua tecnologia é melhor do que o que está por aí no momento.

 

Ter o apoio da Intel é um grande passo à frente para comercializar a tecnologia. A fabricante de chips possui expertise na produção e poderia fornecer acesso a aparelhos de computação e móveis para testar a bateria.