Sua rede está preparada para a Internet das Coisas?

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Diversos ciclos de vida dos dispositivos exigirão apoio contínuo de atualizações de firmware para atender ao ecossistema de IoT

Mesmo tendo inicialmente um volume limitado de dispositivos aos quais ela efetivamente se aplicava, a Internet da Coisas (IoT, da sigla em inglês) tem sido muito falada pela mídia nos últimos anos. Com a evolução da tecnologia de rede que vai suportar a IoT (à medida que ela atinge a maioridade), juntamente com os crescentes casos de uso ao longo das empresas e em muitos mercados verticais, finalmente veremos a disseminação desta tecnologia nas corporações.

Os dispositivos de IoT podem melhorar significativamente os processos de negócios por prover um nível de conhecimento sobre fluxos de trabalho sem precedentes. Ao equipá-los com tecnologia de localização, um hospital pode, por exemplo, reduzir o tempo de deslocamento de aparelhos essenciais para onde a demanda é maior, cortando custos e, mais importante, salvando vidas. Outro benefício é a viabilidade de processos “máquina a máquina” (M2M, da sigla em inglês), reduzindo os custos de mão de obra e contribuindo para o redirecionamento de recursos para funções cruciais.

Hoje, os dispositivos de Internet das Coisas conectam-se diretamente a redes wi-fi ou utilizam o tethering por Bluetooth para o acesso a um dispositivo de wi-fi móvel. Com a difusão de redes sem fio no meio empresarial, o wi-fi será a escolha principal. O Bluetooth ou, especificamente, o Bluetooth Low Energy (Bluetooth LE), passará a ser escolhido quando os recursos de energia forem limitados. Conforme os dispositivos IoT baseados em Bluetooth forem largamente implantados, a tecnologia com baixo consumo de energia será integrada com alguns pontos de acesso por meio de wi-fi, para fornecer conectividade e opções de gestão melhoradas.

Embora outras tecnologias sem fio tenham sido consideradas para a Internet das Coisas, a maioria dos fabricantes reconhece a importância de limitar as opções, visando uma experiência superior e interoperabilidade.

O crescimento da Internet das Coisas traz novos e significativos desafios para as companhias. Embora alguns equipamentos de IoT se conectem a servidores de aplicações in-house, a maioria acessa servidores na nuvem e outros sistemas analíticos hospedados fora da empresa, demandando mais segurança. As companhias terão que investir em proteção para os dispositivos para que não se tornem alvos de ataques cibernéticos.

Os diversos ciclos de vida dos dispositivos exigirão o apoio contínuo de atualizações de firmware, resultando em uma diversidade de recursos que atenda ao ecossistema de IoT. E caberá às empresas garantir a segurança para o suporte adequado aos dispositivos legados conectados à rede mundial de computadores, sem a atualização de firmware.

Neste contexto, surgem novos desafios, como o aumento no volume de dispositivos nas redes e também associados às maquinas, processos e pessoas. Além de projetar redes para apoiar a densidade dos dispositivos de IoT, indo além do que a #GenMobile (que utiliza a conectividade de forma intensa) suportava no passado, agora demandará atualização de sistemas wi-fi para 802.11ac e garantia de que os comutadores de acesso estarão aptos a lidar com o volume crescente de equipamentos.

Vulnerabilidades surgirão também devido à diversidade de sistemas operacionais utilizados pelos dispositivos, gerando dificuldades para serem gerenciadas. Há que se considerar ainda, a segregação de dispositivos selecionados de IoT em redes paralelas, exigindo a criação de mais camadas de segurança para proteger dados e aplicativos sensíveis.

Alguns dispositivos de Internet das Coisas serão sensíveis a operações em tempo real ou exigirão largura de banda significativa para poder operar. Para tanto, as empresas precisam estar seguras de que sua infraestrutura será capaz de automaticamente identificá-los, assim como os aplicativos na rede, de priorizar ou fiscalizar o tráfego baseado nas configurações do administrador.

Soma-se a isso a necessidade de uma gestão e monitoramento dos dispositivos, o que exigirá uma melhor infraestrutura de rede, permitindo o inventário dos equipamentos conectados à Internet, atualizações, proteção e gerenciamento de seus firmwares.

Conforme a Internet das Coisas atinge a maioridade, as empresas precisam procurar soluções de rede que proporcionem as capacidades de conectividade e gestão que os dispositivos IoT necessitam, enquanto se tornam mais presentes. Sem esquecer de proteger a infraestrutura contra as novas ameaças que esta tecnologia pode gerar.