Trabalho remoto na crise: 10 medidas para manter empresas e clientes seguros

Por Denis Riviello

 

A rápida disseminação da pandemia de COVID-19 obrigou empresas dos mais variados setores a se adaptar, tão rápido quanto, a uma nova realidade de trabalho. A migração para o home office, com o suporte necessário, geralmente leva alguns meses para ser implementada, mas a realidade atual obriga que isso seja feito em questão de dias.

É possível, no entanto, fazer um checklist básico, porém crucial, para garantir que o trabalho siga normalmente, garantindo altos níveis de segurança para os negócios e para os clientes.

É importante salientar que, em momentos de crise, os cibercriminosos aproveitam a avalanche de informações para fisgar os usuários mais desatentos e curiosos, utilizando a “guarda baixa” por estarem em casa para invadir sistemas corporativos.

 

Abaixo reúno as principais dicas para as empresas não correrem risco nesse período:

1. Verifique a capacidade dos dispositivos de TI

Faça uma avaliação, mesmo que pequena, e levante a capacidade dos recursos de TI. Quando muitos colaboradores trabalham remotamente, os sistemas podem ser sobrecarregados e desestabilizar o ambiente da empresa.

2. Disponibilize uma rede segura

Verifique se a empresa disponibiliza acessos seguros, como VPN (Virtual Private Network) para os colaboradores. Eles garantem que o tráfego seja controlado, criptografado, principalmente se conectado a uma rede Wi-Fi não confiável.

3. Faça uma vistoria nos dispositivos móveis

Cheque se os dispositivos móveis (notebook, celular, tablets, etc) dos colaboradores possuem softwares de segurança e se estão ativos e atualizados com novas versões e antivírus necessários.

4. Criptografe os dados sensíveis

Certos tipos de informações são consideradas sensíveis e devem ser criptografadas, como registros pessoais, médicos ou financeiros. Essa medida é de extrema importância e evita que dados sejam vazados por cibercriminosos.

5. Gerencie dispositivos e aplicativos móveis

Faça o gerenciamento de dispositivos e aplicativos móveis através de recursos endpoint e mobile. Por esses meios, a organização e os responsáveis da área de TI poderão implementar remotamente medidas de segurança que julgarem necessários, ajudar em possíveis problemas, fazer criptografia de dados, varreduras de malware e limpeza de dados em dispositivos roubados.

6. Implemente uma autenticação forte

Adote a autenticação de dois fatores ou multifator, ou seja, invista em softwares que, além da senha convencional, envie uma confirmação de segurança extra, como códigos ou token via SMS, onde só o responsável pelo aparelho terá acesso. Esses recursos acrescentam uma camada adicional de segurança durante o processo de login em dispositivos móveis e softwares da empresa.

7. Desabilite sistemas da empresa em Wi-Fi público

Com os escritórios fechados, os colaboradores podem trabalhar remotamente utilizando redes de WI-FI vulneráveis e sem as devidas proteções. Com isso, os sistemas de informações das empresas devem ser desabilitados enquanto estiverem logados em Wi-FI público.

8. Faça uma gestão de acesso às Informações corporativas

Realize um levantamento e confira os tipos de informações que os colaboradores têm permissão de acesso, principalmente em relação às informações comerciais, segredos de empresa e dados sensíveis de clientes e funcionários.

9. Não grave dados da empresa em dispositivos pessoais

Informações da empresa nunca devem ser baixadas ou salvas em dispositivos pessoais, principalmente em computadores que não possuem antivírus e cuidados diários do setor de TI da companhia, pendrives particulares ou serviços em nuvem como Google, iCloud e Dropbox.

10. Conscientize os colaboradores sobre Engenharia Social

Conscientize os colaboradores sobre como prevenir e detectar possíveis ataques de phishing e outras formas de engenharia social envolvendo dispositivos remotos e acesso aos ambientes virtuais da empresa. Assim, caso ocorra algum imprevisto, eles terão conhecimento para agir nos primeiros momentos.