A pesquisa justifica o aumento do tráfego com a crescente migração de arquiteturas em nuvem, por sua rápida escalabilidade e capacidade de suportar maior quantidade de cargas de trabalho. Tudo de forma mais eficiente que os data centers tradicionais.
“Ao longo de seis edições do relatório, o cloud computing passou de uma tendência emergente a um pilar essencial da arquitetura dos fornecedores de serviços graças a sua flexibilidade e escalabilidade”, pontua Doug Webster, vice-presidente de marketing fornecedores de serviços na Cisco. “Impulsionado por tendências como vídeo, IoT ou SDN/NFV, prevemos um significativo e rápido crescimento da nuvem e do consequente tráfego de rede, ao passo que os operadores otimizam sua infraestrutura para proporcionar um maior número e variedade de serviços IP tanto a empresas como consumidores”, refere.
Os dados da pesquisa mostram que o crescimento da nuvem vai ultrapassar o crescimento do data center tradicional, sendo que 92% das cargas de trabalho serão processadas em centros de dados em nuvem.
Por outro lado, a nuvem pública vai crescer mais rapidamente que a cloud privada e haverá mais consumidores individuais recorrendo a nuvem para armazenamento – 2,3 bilhões de usuários, ou 53% do total, contra 1,3 bilhões em 2015.
Isso fará com que a capacidade de armazenamento dos data centers aumente, para responder à migração de dados de consumo a partir dos dispositivos cloud: a capacidade instalada crescerá até 1,8 ZB, o que equivale à multiplicação quase por cinco desde 2015.
O Big Data também vai impulsionar o crescimento total dos dados armazenados. Representará 27% de todos os dados armazenados em data centers em 2020. Eram 15% em 2015.
Já a Internet das Coisas gerará 600 ZB anuais em 2020, embora dados gerados nao sejam necessariamente armazenados. A quantidade de dados armazenados em dispositivos (5,3 ZB) será cinco vezes maior que os dados armazenados em data centers em 2020.
Em termos de preparação, em 2015 119 países cumpriam os critérios para suportar aplicações cloud avançadas em redes fixas; este ano serão 132.
As cargas de trabalho de vídeo em streaming representarão 34% do total de cargas de trabalho de consumo, face a 29% em 2015; as cargas de trabalho de redes sociais representarão 24% do total (20% em 2015), ao passo que as cargas de trabalho de buscas representarão 15% do total (17% em 2015).
O relatório inclui ainda uma análise do impacto dos data centers hiperescaláveis. Este tipo de centros de dados crescerá dos 259 contabilizados em 2015 para os 485 em 2020. Uma tendência chave que está transformando os hiperescaláveis e outros é a adoção de soluções de rede definidas por software (software-defined Networking, SDN) e de virtualização de funções de rede (Network Functions Virtualization, NFV), ajudando a flexibilizar as arquiteturas de data center e otimizando o fluxo de tráfego.
Prevê-se que nos próximos cinco anos quase 60% dos hyperscale data centers à escala global implementem soluções SDN/NFV. Em 2020, 44% do tráfego entre centros de dados será suportado por plataformas SDN/NFV.